Colegas de GDF,
Como todos sabem um novo governo assume o
controle daqui a poucos dias.
Sabemos também, que a junção das peças de qualquer governo constitui-se em um pesado jogo de forças políticas. Ainda mais quando a sua base de apoio é formada por nada menos que 15 partidos! Portanto, se quisermos influir nesse processo e criar os espaços para que nossas propostas tenham eco e, quiçá, possam ser acolhidas, teremos que participar desse jogo. Isso é enfadonho de se fazer, entretanto não há outra forma, ou se entra no jogo ou não se joga. Simples assim.
Sabemos também, que a junção das peças de qualquer governo constitui-se em um pesado jogo de forças políticas. Ainda mais quando a sua base de apoio é formada por nada menos que 15 partidos! Portanto, se quisermos influir nesse processo e criar os espaços para que nossas propostas tenham eco e, quiçá, possam ser acolhidas, teremos que participar desse jogo. Isso é enfadonho de se fazer, entretanto não há outra forma, ou se entra no jogo ou não se joga. Simples assim.
Por que geralmente não nos posicionamos ou participamos?
Qual o porquê da inércia? Há algum tempo um estudo aqui na UnB concluiu que
a notória passividade nacional surge porque nós acreditamos que, se ninguém
reage, é melhor não reagirmos também. A maioria quase sempre se ausenta. O problema é que, se ninguém discute nada e
como resultado nada é feito, o desejo do coletivo é sufocado. Correndo o
risco de generalizar, esta resistência talvez esteja assentada na crença de que
reclamar não adianta nada. O
“não-vai-dar-em-nada” é um discurso comum entre os “não-reclamantes”.
Nesse sentido, cumpre informar que a
oportuna Carta do Grupo de Servidores da SEDUMA, foi pessoalmente entregue ao novo Governador, numa conversa de mais de
2 horas de duração no dia 30 de Novembro último, apenas três dias após a
conclusão da carta. Acompanhado do Presidente do IAB-DF e do Coordenador do
Sindicato dos Arquitetos do DF, o representante do grupo de Servidores da
Seduma disse diretamente ao Ilustre Governador Agnelo ao entregar-lhe a carta,
que o quadro técnico dos servidores é
dos mais qualificados e está pronto a contribuir e sugerir nos vários aspectos
de uma nova proposta
institucional, buscando uma gestão do planejamento do território
mais harmônica, ágil e democrática.
Salientamos que a Seduma, as
Administrações e outros órgãos possuem projetos e estudos importantes já
realizados e que ainda não foram implementados. Mostramos da conveniência de tais projetos para que a
máquina de seu governo já possa agir de imediato. Alertamos que seu governo
precisa promover a necessária sinergia
entre a Seduma, Terracap, Administrações Regionais, Secretaria de Obras, Ibram
e Novacap. Explicitamos que é
imprescindível o aumento do nosso potencial técnico e operativo. O Governador, para nossa surpresa e
satisfação... se mostrou muito receptivo e facilitou a nossa comunicação junto a
alguns núcleos do seu governo de transição.
Em resumo, a nossa mensagem está cumprindo
com seus objetivos e já nos abriu espaços
de discussão junto da equipe de transição do governo. Por conta da tal
missiva temos participado de uma série de reuniões com diversas pessoas que
estão conduzindo esse processo. Com isso já evoluímos nas discussões e hoje
estamos falando em nome de um movimento unificado dos arquitetos de Brasília,
onde estão juntos o IAB, o Sindicato dos arquitetos e nós, um grupo de
servidores arquitetos do GDF. Essas três entidades estão fazendo um documento
único para divulgar à sociedade onde apontaremos propostas para estas questões:
·
A
Integração e Articulação na Gestão do Planejamento Urbano;
·
A Democratização do Conselho de Planejamento Territorial
e Urbano do Distrito Federal – CONPLAN – órgão colegiado que compõe o SISPLAN;
·
A
Gestão do Patrimônio Cultural da Humanidade;
·
O
Controle e a Gestão do Uso e Ocupação do Território;
·
A
Implantação da Lei de Assistência Técnica à Habitação de Interesse Social;
·
A Valorização da Estrutura Institucional
Pública;
·
O Fortalecimento Institucional das
Administrações Regionais;
·
A
Gestão Equilibrada do Processo de Terceirização de Projetos de Arquitetura e
Urbanismo;
·
A
Contratação de Projetos de Obras Públicas via Concurso Público de Projetos;
Além do exposto acima, esperamos do novo
governo uma análise e uma discussão ampla e mais aprofundada do Projeto Copa 2014, visando a uma
maior qualificação do desenvolvimento da cidade e à plena transparência das
ações de governo. Defendemos uma
participação mais efetiva das entidades de arquitetos e demais organizações
profissionais e populares no acompanhamento e controle dos planos, obras e
investimentos em geral vinculados à realização da Copa do Mundo de Futebol de
2014.
Não queremos e nem poderíamos, ter um
movimento fechado em nós mesmos. Recebemos
uma grande aprovação dos colegas das Administrações Regionais que
sensibilizados também decidiram por apoiar o conjunto de nossas ações,
desde já queremos agradecer àqueles. Pedimos aos demais que leiam atentamente a
Carta Aberta dos Servidores ao Novo Governador. Ela foi escrita por várias
pessoas, inclusive por aquelas que já estiveram em outros órgãos. Precisamos
divulga-la da forma mais abrangente possível. Foi a mensagem que estava ao
nosso alcance de ser construída naquele momento. Insistimos em nos desculpar com os demais colegas, pois em nenhum
momento foi intenção afastar ninguém do processo, que ao contrário, cresce
e se comporta com pluralidade democrática, sem distinções ou privilégios dentro
do exíguo tempo que temos. Esperamos que
o canal de comunicação com o novo governo sirva também para que os demais
colegas participem com suas sugestões e expectativas.
Estamos buscando o apoio de mais colegas de
outras áreas, que comungam com as nossas ideias, para fortalecermos esse
movimento em prol de uma política urbana mais responsável. Nosso discurso,
fundamentado nas propostas já apresentadas na carta, tem sido de reafirmar a necessidade de ruptura e de avanço na política urbana do GDF. A perspectiva é que possamos nesses quatro
próximos anos, instituir um modelo de gestão urbana onde prevaleçam os
princípios éticos que defendemos, e que
se traduz (resumidamente) no direito à cidades mais justas, equitativas
e aprazíveis.
Precisamos partir para a ação e ampliar a
nossa base de apoio. Pouco adiantará essa discussão política, os belos
discursos e as lindas propostas se no inicio do ano, quem conduzir essa área
for uma pessoa (grupo) descompromissada com os princípios que defendemos e que
apenas dará continuidade ao modelo de desenvolvimento urbano que está aí.
Em termos práticos daremos (nós arquitetos do GDF, o IAB e Sindicato dos
Arquitetos) continuidade às discussões com a equipe de transição. Já falamos com
vários políticos e na nesta semana sentaremos com o coordenador da equipe de
transição. Temos também os nossos limites,
por isso solicitamos aos colegas que comungam das nossas ideias e, por acaso,
tenham acesso a pessoas, políticos ou a órgãos da imprensa, que entrem em
contato com eles e ajudem a reforçar a discussão. Quem mais sofre
com a falta de condições para reivindicar é a população pobre. Diante da condição
decadente dos serviços como saúde, educação e moradia, essas pessoas ficam sem
voz. A mídia pode agir como um
desencadeador de reivindicações e reclamações, principalmente nas situações de
políticas públicas. O primeiro passo para a mudança é abrir a boca e fazer uso da palavra.
____________________________________________
Grupo
de Servidores do GDF
carlos.madson@gmail.com
___________________________________________
___________________________________________
"A
descoberta consiste
em olhar para a
mesma coisa e pensar algo diferente"
mesma coisa e pensar algo diferente"
Ps.:
Atualmente a Carta Aberta ao Governador já tem quase 60 signatários! Para aqueles que não puderam assinar a folha de adesão que se
encontra na SUPLAN – 6º andar do Ed. Seduma (com a secretária Ana Lúcia), a
opção é mandar uma mensagem eletrônica do próprio email para cartaabertaseduma@gmail.com citando seu
nome por extenso e o desejo de que seu nome seja escrito junto com os dos
demais, ao final do documento.
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